quarta-feira, 25 de abril de 2012

Jovens entre 18 e 34 anos estão entre as principais vítimas do trânsito


Fonte: G1
Para Tainah Campos, a vida segue em frente, mas agora sobre rodas. “Muito difícil, não queria aceitar, não aceitava a cadeira, não queria ficar na cadeira e fui me tocando que sem ela não podia fazer as coisas”, diz a operadora de teleatendimento.
Tainah, de 28 anos, tinha só 18 quando perdeu o movimento das pernas em um acidente de carro. “Estava voltando de uma festa com os amigos, e meu amigo estava correndo muito, estava a 160 por hora na avenida. Ele perdeu o controle do carro e teve a colisão”.
Excesso de velocidade, consumo de álcool e drogas, sono, distração com o celular e o som do carro são causas comuns de acidentes envolvendo jovens, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Um levantamento do DPVAT, o seguro obrigatório para acidentes de trânsito, mostra que, no ano passado, nos casos em que houve indenização por morte, 44% das vítimas tinham entre 18 e 34 anos. Nos casos de invalidez, 53% estavam nessa faixa de idade.
“Moto, carro e pedestre, infelizmente, são fonte de geradora de pacientes, tanto de traumatismo craniano quanto de lesão medular, de vidas que são pessoas muitas jovens interrompidas de uma forma rápida, instantânea”, diz André Sugawara, fisiatra do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro.
Em um centro de reabilitação em São Paulo, as vítimas de trânsito têm idade média de 31 anos. Gente que ainda tem muita vida pela frente e, por isso, precisa de apoio.
O auxiliar administrativo Tiago Lima Rosa pode dizer que teve muita sorte. Há um ano, ele nem andava, mas como a lesão não rompeu a medula, já recuperou quase todos os movimentos. “Feliz mesmo com minha recuperação e com minha força de vontade, que eu nem sabia que eu tinha tanta força de vontade. Mas venho duas vezes por semana aqui, faço fora daqui também. Então sou bastante esforçado”.

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